Eu não queria ser pai... Por Matheus Granado
Eu não queria ser pai.
Na verdade eu não pensava muito nessa possibilidade.
Eu cresci, namorei, casei e fomos conquistando as coisas que queríamos.
E a vida até fazia sentido ali. Era legal. Tudo estava caminhando.
Não é que eu repelia a ideia de ter um filho. Mas não pensava sobre.
Se a vontade de Esllin (minha esposa) fosse não ter por mim estaria tudo bem.
Mas por sorte ela queria, e muito.
Jamais eu diria não para algo que era um sonho dela.
Não era o meu, mas era o dela.
E falando assim a coisa fica muito fria, né?
Eu sinto a mesma coisa hoje rs.
Aliás, me arrependo de um dia ter pensado nisso tudo.
Já chorei pensando nisso. No como seria a vida sem a minha filha aqui.
A Elisa é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.
Eu não fazia ideia do que ia deixar de sentir.
Nada é tão avassalador quanto o amor de pais e filhos.
O que sentimos e o que recebemos.
O amor que vem é puro. Sem nenhum tipo de expectativa ou recompensa.
Amor por amor.
É difícil de lembrar como a vida era antes dela.
Como eu ocupava o tempo? Como vivia sem os desenhos?
Como era a casa sem brinquedos jogados ou como eram os dias sem avaliar os looks excêntricos que ela monta e desfila?
Um dia eu entendi que mais importante e valioso que ter um filho era o tempo que eu tenho aqui pra curtir tudo isso.
E depois disso tudo mudou.
Eu mudei.
Tenho mudado.
Luto contra a obesidade todo santo dia.
Por mais qualidade de vida, mais mobilidade pra brincar com a Elisa e principalmente por mais tempo.
Mais tempo aqui com ela, com minha família, comigo mesmo fazendo as coisas que u mais gosto, como estar com ela.
A vida é doce. As vezes a gente encontra uns amargos, alguns azedos. Mas no fim a vida segue doce.
Doce como os doces da Flormel, que nos acompanham em todo esse processo.
Coisas boas precisam ser compartilhadas.
Esse foi meu relato hoje.
A todos os pais um dia incrível a vocês!
Aos que podem abracem seus filhos, aos que não querem façam um esforço por que alguns não podem e gostariam muito!
Valeu.